
Visão turva não é normal: entenda a catarata
Visão turva não é normal: entenda a catarata
A catarata é hoje uma das principais causas de perda de visão no Brasil e no mundo. Atinge milhões de pessoas, especialmente após os 60 anos, mas pode surgir mais cedo em casos associados a diabetes, uso prolongado de corticoides, traumas oculares ou mesmo por predisposição genética. Em recém-nascidos, pode aparecer como catarata congênita. É uma condição comum, mas ainda cercada de dúvidas e mitos.
O que acontece é simples: o cristalino, que funciona como uma lente natural dentro dos nossos olhos, vai perdendo a transparência com o tempo. Em vez de permitir a entrada clara da luz, ele começa a bloquear e distorcer as imagens. A visão fica embaçada, os contrastes diminuem, as cores perdem intensidade e tarefas simples como ler, dirigir à noite ou assistir televisão se tornam mais difíceis.
Muitos pacientes relatam a sensação de estar olhando por um vidro sujo ou com névoa. Outros notam sensibilidade à luz, troca constante de óculos sem melhora e dificuldade para reconhecer rostos à distância. Quando esses sinais aparecem, é hora de procurar um oftalmologista.
O tratamento da catarata é cirúrgico, e os avanços tecnológicos tornaram esse procedimento cada vez mais seguro e eficaz. A cirurgia é rápida, feita com anestesia local, e consiste na substituição do cristalino opaco por uma lente intraocular. Essa lente é escolhida de forma personalizada, de acordo com as necessidades visuais de cada paciente. Em muitos casos, é possível corrigir também problemas como miopia, hipermetropia e astigmatismo.
A recuperação costuma ser tranquila e o resultado, nítido: o paciente volta a enxergar com clareza, ganha autonomia e melhora significativa na qualidade de vida. Adiar a cirurgia não resolve o problema e, em estágios avançados, pode até dificultar o tratamento.
Se você tem notado alterações visuais ou já recebeu o diagnóstico de catarata, converse com seu oftalmologista. A prevenção e o cuidado certo fazem toda a diferença.