
Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa
Dúvidas, Sintomas e Tratamentos Atuais
Dentre as doenças inflamatórias intestinais, a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa são as que mais causam dúvidas, medos e confusão, principalmente porque ao receber a notícia do diagnóstico, muitos pacientes encaram como uma sentença de morte, pois ainda existem muitos mitos e histórias sobre elas, principalmente porque às vezes, a fonte de informação são textos dispersos na internet sem orientação científica.
Para melhor diferenciá-las e entendê- las, iniciaremos pelo modo como surgem, geralmente são causadas por uma agressão do nosso sistema imune contra nosso aparelho digestório, isto é, ambas são autoimunes. Mas, somente até aí são iguais. No que diz respeito à doença de Crohn, essa inflamação pode afetar desde a boca até o ânus, já na retocolite ulcerativa, há uma escolha da parte final do intestino, afetando basicamente o intestino grosso.
Os sintomas, muitas vezes, são próximos, incluindo diarreias, dores abdominais, emagrecimento, sangramentos, anemia e, em muitos casos, desnutrição. Mas nem sempre todos estão juntos, muitas vezes, o paciente apresenta apenas diarreia ou anemia crônica, por exemplo, tornando, muitas vezes, o diagnóstico tardio e demorado agravando a evolução das doenças. Podem ainda apresentar manifestações em outras áreas do nosso organismo, como pele, olhos, fístulas do aparelho digestório entre outras partes e inflamação das articulações, estas manifestações aparecem mais na doença de Crohn.
Apesar da gravidade de ambas as doenças e, hoje, sempre falarmos em controle e remissão em vez de usar o termo cura, as medicações existentes apresentam resultados satisfatórios e muitos pacientes atingem o controle da doença.
Existem medicações de diversos tipos e formas de aplicação, inclusive para aqueles casos mais graves e que não respondem ao tratamento, temos inclusive transplante de medula óssea, além de que novas medicações estão sendo lançadas e novos tratamentos sendo desenvolvidos.
É importante um diagnóstico precoce e uma boa relação médico-paciente, pois quanto mais próximos forem, com relação mútua de confiança e cumplicidade, mais o paciente terá informações corretas sobre a doença e fará melhor adesão ao tratamento. O médico, por sua vez, conseguirá saber como está o paciente e qualquer alteração no curso da doença poderá ajustar a medicação para um efeito mais efetivo e personalizado.
O esclarecimento sobre ambas as doenças levam a melhores resultados, logo, se apresentar esses sintomas procure um médico de sua confiança.