
A importância do médico nutrólogo na modulação hormonal da serotonina
A importância do médico nutrólogo na modulação hormonal da serotonina
A serotonina é um neurotransmissor multifuncional, popularmente conhecido como o “hormônio da felicidade”, mas suas funções vão muito além do bem-estar emocional. Ela desempenha papéis fundamentais em diversos sistemas do organismo, desde o trato gastrointestinal até o sistema nervoso central.
Nesse contexto, o médico nutrólogo assume um papel crucial na avaliação, modulação e reposição desse importante neuromodulador, especialmente quando se busca o equilíbrio metabólico e o controle da obesidade.
A serotonina atua em diversas frentes:
• Sistema nervoso central: regula o humor, ansiedade, angústia, medo, sono, apetite, cognição e percepção da dor.
• Sistema gastrointestinal: modula a motilidade intestinal, a secreção de enzimas digestivas e a absorção de nutrientes, estando diretamente associada à Síndrome do Intestino Irritável.
• Sistema cardiovascular: participa da regulação do tônus vascular, sendo implicada, por exemplo, em crises de enxaqueca — já que sua queda favorece a dilatação dos vasos sanguíneos.
• Sistema imune: influencia diretamente a resposta inflamatória.
• Metabolismo energético: atua no controle do apetite e da saciedade, sendo essencial para a manutenção do peso corporal. Também tem papel relevante em distúrbios alimentares, como a bulimia.
Cerca de 90% da serotonina do corpo é produzida no intestino — principalmente nas células enterocromafins da mucosa gastrointestinal — a partir do aminoácido triptofano. Apenas cerca de 5% é produzida no sistema nervoso central. Isso reforça o papel do intestino como um verdadeiro órgão neuroendócrino, intimamente ligado à saúde mental, à imunidade e ao metabolismo.
A avaliação dos níveis de serotonina é essencial em casos de depressão, ansiedade, compulsões alimentares, distúrbios do sono, síndrome do intestino irritável e obesidade. O médico nutrólogo atua investigando fatores como:
• Disbiose intestinal e má absorção de triptofano.
• Deficiência de cofatores (como magnésio, vitamina B6 e zinco).
• Estresse crônico e inflamação sistêmica.
A modulação pode ser feita por meio de estratégias naturais e/ou farmacológicas, como:
• Suplementação injetável de polipeptídeos precursores.
• Fitoterápicos com ação serotoninérgica (ex: Griffonia simplicifolia).
•Reposições injetáveis: cada vez mais valorizadas por sua eficácia, alta biodisponibilidade e ação rápida — especialmente em pacientes com disfunções intestinais que comprometem a absorção oral.
No controle da obesidade, a serotonina exerce efeito anorexígeno — ou seja, reduz o apetite, promove saciedade e ajuda a controlar a compulsão alimentar. Essa ação é potencializada quando associada à modulação da grelina, hormônio produzido principalmente no estômago, que possui ação orexígena (estimulador do apetite).
A associação dos polipeptídeos moduladores da grelina com uma dieta específica resulta em uma perda de peso expressiva já nas primeiras semanas de tratamento.
O equilíbrio entre serotonina e grelina é essencial para o recalibramento do eixo fome-saciedade, tornando essa combinação uma ferramenta estratégica para o nutrólogo que busca tratar a obesidade de forma eficaz, com menor impacto emocional para o paciente e melhores resultados a longo prazo.
A serotonina, portanto, é um eixo central entre o intestino, o cérebro e o metabolismo, com múltiplas funções que vão muito além do humor.
O médico nutrólogo, com seu olhar integrativo e foco metabólico, é o profissional capacitado para realizar essa modulação hormonal com segurança — seja por via oral ou por reposição injetável — promovendo melhora clínica ampla e impacto direto no controle da obesidade, na qualidade de vida e na longevidade metabólica.
Fica a dica!